Proposta: Ecopsicoturismo

Eu proponho, nesta nota, uma variedade de turismo chamada ecopsicoturismo. A idéia de ecopsicoturismo é derivada de uma “nova” disciplina chamada de ecopsicologia que é membro da família de disciplinas como a psicologia transpessoal, a ecologia profunda e até de uma ecologia transpessoal. Creio que é interessante definir conceitos encontrados na palavra eco-psicoturismo.


Eco vem de ecologia, o estudo da conexão, das interrelações entre formas de vida e o ambiente físico.
Psico está ligado a psicologia, o estudo da psique humana, da mente e alma humanas enquanto percebe, sente, pensa e age.
Ecopsicologia, é um novo campo, em desenvolvimento, que reconhece que a saúde, a identidade e sanidade humanas estão intimamente ligadas à saúde da Terra e deve incluir relações sustentáveis e mutuamente enriquecedoras entre o mundo humano e não-humano. A ecopsicologia coloca a psicologia humana em um contexto ecológico e dirige-se à cura das divisões entre a mente e a natureza, entre os humanos e a Terra. A preocupação central em ecopsicologia é a saúde do humano e não-humano e o entendimento dos processos psicológicos que ou nos liga ao ou nos alieneia do mundo natural”.
Áreas de interesse para a Ecopsicologia e portanto para o ecopsicoturismo, incluem: educação, ações ambientais efetivas, a ecoterapia, influência curadora e iniciatória dos encontros com a natureza “selvagem”, desenvolvimento do “eu” psicológico, criando alternativas sadias ao materialismo e ao consumismo, práticas espirituais com base na Terra e uma educação para um futuro justo e sustentável.
Ecoturismo é:(1) “a atividade que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas (Embratur/Ibama 1994)”(2) “o ecoturismo é a viagem responsável que conserva o meio ambiente e melhora a qualidade de vida da população local” (The Ecotourism Society)(3) Para a IUCN – União Internacional de Conservação da Natureza:“viagem ambientalmente responsável e visita a áreas relativamente preservadas, com o objetivo de lazer e de apreciar a natureza e todas as manifestações culturais do presente e passado, promovendo a conservação, com mínimo impacto, e propiciando o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais”A professora Sônia Kinker observa que “esta definição, na linha de evolução do ecoturismo, se posiciona no extremo de pouca responsabilidade, em que o turista é apenas um observador e tem uma posição passiva em relação à natureza (ver livro: “Ecoturismo e Conservação da Natureza em Parques Nacionais” (Ed. Papirus, São Paulo, 2002.Ecpsicoturismo é:
A revalidação do conceito de Ecoturismo de Ceballos-Lascurain, acrescentado dos aspectos de interesse da ecopsicologia e da ecologia profunda onde ficará declarada a inseparabilidade do “turista” e do meio, baseada em um visão holística, sistêmica e ecologicamente profunda, espiritual.Definição de Ecoturismo de Hector Ceballos-Lascuraín:“El ecoturismo es aquella modalidad turística ambientalmente responsable, consistente en viajar a o visitar áreas naturales relativamente sin disturbar con el fin de disfrutar, apreciar y estudiar los atractivos naturales (paisaje, flora y fauna silvestres) de dichas áreas, así como cualquier manifestación cultural (del presente y del pasado) que pueda encontrarse ahí, a través de un proceso que promueve la conservación, tiene bajo impacto negativo ambiental y cultural y propicia un involucramiento activo y socioeconómicamente benéfico de las poblaciones locales”Definição inicial de
Ecopsicoturismo
O Ecopsicoturismo é uma modalidade turística ambiental, social, econômica, multidimensionalmente responsável que consiste em viajar ou visitar áreas naturais com o propósito de reconexão, religação ou mesmo de ligação ao espírito vivo desses lugares e apreciar, desfrutar, celebrar esses lugares, sem dogmas quer religiosos ou científicos, revalidar as tradições culturais, ancestrais concernente a esses lugares e sua sacralidade, derivando daí bem-estar físico, cultural e espiritual, promovendo a educação, ações ambientais efetivas, a ecoterapia, usufruindo da influência curadora e iniciatória desses “encontros” com a natureza “selvagem”, de maneira não-utilitária ou antropocêntrica, promovendo o desenvolvimento do “eu” psicológico, criando e encorajando alternativas sadias ao materialismo e ao consumismo, práticas espirituais com base na Terra, uma educação para um futuro justo e sustentável que beneficie a todas as comunidades da Terra quer humanas ou não humanas.

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